A CULTURA DO PESSEGUEIRO

O pêssego é uma das culturas que vem se destacando na região dos Campos de Cima da Serra.

A nossa região é conhecida por ser grande produtora de maçã, mas também possuem outras culturas implantadas como ameixa, caqui e pêssego. Mas para termos um bom desenvolvimento das plantas do pessegueiro deve ser feito um correto preparo e correção do solo elevando os teores de matéria orgânica e nutrientes, fazer a escolha correta da variedade a ser introduzida observando as condições climáticas de cada região para evitar perdas por geadas tardias ou até mesmo variedades que requerem menos horas de frio e acabam por emitir sua brotação antes e consequentemente se vier a ocorrer um fenômeno climático ocasionara perdas significativas.

A poda do pessegueiro requer conhecimentos relativos à própria espécie e a cultivar. Deve-se ter em mente, também, os objetivos a serem alcançados. Não há uma regra invariável para poda, sendo necessário, antes de tudo, bom senso e conhecimento dos princípios e finalidades, mas no total são três os tipos de poda: poda de formação que vai definir o sistema que de condução das plantas esse definido pelo espaçamento e como se deseja conduzir as plantas, poda de frutificação que é a escolha dos ramos vegetativos e frutíferos para manter a forma da copa, interferindo-se na tendência natural da planta de crescer demasiadamente em altura e a poda verde esta poda é praticada durante o período de vegetação, florescimento, frutificação e maturação dos frutos, tendo por finalidade melhorar sua qualidade e manter a forma da copa por meio da supressão de partes da planta.

A poda é uma operação muito importante no manejo do pomar, pois visa desenvolver ramificações primárias fortes e bem inseridas; manter o crescimento equilibrado com a produção, evitando a alternância entre colheitas e reduzindo o trabalho do raleio; estimular a formação de ramos novos e de gemas de flor, bem distribuídas na copa da árvore; melhorar a qualidade e o tamanho dos frutos e, uniformizar o amadurecimento; livrar a árvore de ramos fracos, secos, “ladrões” e aqueles atacados por pragas e doenças; controlar a altura da planta, facilitando a colheita e outros tratos culturais.

Outro manejo importante é o raleio, o mesmo deve ser feito de 4 a 5 semanas após a floração, pois como temos problemas com geadas devemos esperar o aborto espontâneo dos frutinhos danificados pela mesma para ai sim iniciar a definir apenas os frutos que deseja que permaneça para que tenham melhor tamanho, coloração, uniformidade e aumento da eficiência dos tratamentos fitossanitários.

A maior área implantada em nossa região esta no municio de monte Alegre dos Campos, sendo que a variedade mais utilizada é o ERAGIL, uma cultivar mais tardia que se adapta bem as condições climáticas de nossa região.

Mas nos últimos anos novas variedades estão sendo introduzidas como é o caso de produtor Douglas Poletto que implantou uma área com a variedade PS730 e na próxima safra ira aumentar a área, pois apesar de ser uma variedade mais precoce que esta mais submetida ao frio a mesma possui entre suas principais qualidades frutos com bom calibre, ótima coloração e boa aceitação no mercado.

Texto: Jeferson Vanzetto de Carvalho – Técnico Agrícola/ Assessoria Técnica STR de Vacaria e Muitos Capões