STR NA JORNADA DA VITICULTURA GAÚCHA

A XVI edição da Jornada da Viticultura Gaúcha acontece em Ipê, durante o dia 15 de julho.

Integrantes do STR de Vacaria e Muitos Capões e produtores de uva de Vacaria e Monte Alegre dos Campos estão participando da XVI Jornada da Viticultura Gaúcha em Ipê. O encontro fala sobre os Custos de Produção e Modernização: O futuro da vitivinicultura.

Participam produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O Coordenador da 16º Jornada da Viticultura Gaúcha, Olir Schiavenin resume o evento: “O futuro da viticultura depende de cada um de nós, produtores, indústrias, entidades, instituições e todos aqueles que tem a ligação direta com o setor, seja na área de pesquisa, assistência técnica, produção da matéria prima, seja na produção dos vinhos, espumantes e matéria prima, cada um tem o seu papel, então o sucesso está nessas mãos. Acho que depende de como que cada um de nós vai estar agindo e vai agir no seu setor. Acredito que temos um futuro promissor desde que cada um de nós continue levando a sério, e nós produtores introduzindo as novas tecnologias, nos modernizando, tentando ver o que existe de novo para podermos aplicar na prática e ter uma atividade rentável, sustentável e que traga melhor qualidade de vida pra nossas famílias.

Schiavenin acredita que o futuro depende do comprometimento de cada um: “Para continuarmos assim, sério, fazendo a nossa parte, melhorando a qualidade do produto, diminuindo os custos de produção e falando bem do nosso produto para ampliar, precisamos nos unir cada vez mais para enfrentar os desafios que temos pela frente. O teor do açúcar na fruta, hoje é o x da questão: hoje os produtores são pessoas muito inteligentes que sabem fazer a conta, ele descobre se isso é vantagem para ele, e tudo é movido pelo dinheiro infelizmente. Muito pela parte econômica, o que não deveria ser assim, porque o dinheiro é importante mas não é tudo”. Então ele faz a conta: “se produzir uma uva com 15 graus, com uma produtividade média de 15mil kg por hectares, o produtor já saberá fazer a conta de quanto vai receber. Por exemplo, se produziu o dobro desta uva a 12, 13 graus ele vai ver e optar, que infelizmente a realidade é essa. A qualidade terá que ser recompensada. Ele tem que se conscientizar também, mas ele só vai se conscientizar a hora que ele for financeiramente recompensado por fazer certas práticas, por fazer uma poda verde, para adubar menos, menos matéria orgânica e assim por diante” – observa.

O coordenador da jornada enfatiza que ainda tem muitas coisas para serem feitas: “Avançamos bastante mas ainda temos muito que avançar, principalmente na questão da qualidade, que dá para melhorar. O tempo também às vezes influencia muito, e tem muita responsabilidade nisso, mas o agricultor pode sim melhorar e eu me incluo junto, porque podemos sim nos unir para isso. A questão do preço da uva, também precisa melhorar, quem é empregado ou trabalha no setor urbano ou em qualquer outro setor da economia, sempre quer ganhar mais, e nós agricultores, precisamos, queremos e necessitamos, assim como os trabalhadores urbanos precisam ganhar mais”.

Schiavenin diz que uma das ações da Comissão da Uva é valorizar o produtor, lutar para que ele seja bem remunerado e seja reconhecido. O coordenador explica que no final deste mês será feito levantamento de custo, e que o STR de Vacaria também é parceiro nesta tarefa, como foi parceiro na realização da Jornada Vitícola. A avaliação que o coordenador faz é positiva, só pelo fato de ter mais de 500 produtores participantes da Jornada, por terem saído de casa em um dia de chuva, e isso revela a importância que tem o setor. “Essa troca de experiências, busca de informações e conhecimentos, ajuda o produtor a refletir um pouco mais para que seja mais eficiente lá na sua produção e atividade, que possa ter mais rentabilidade e trabalhar com mais disposição e mais ânimo, que é o que todos nós precisamos” – define Schiavenin.

Para Jeferson Vanzetto, assessor técnico do STR de Vacaria, o evento foi importante: “Teve bastante setores com a parte de agrotóxicos. Foi falado para o pessoal diminuir o uso, já tem estudos que comprovam a morte da planta estar relacionada com o uso excessivo de agrotóxicos. Também avalio como interessante o tema da poda antecipada, porque você pode escalar na poda no mês de abril/maio, e depois você voltar a podar só em agosto/setembro. E então vai diminuir o custo e a mão de obra. E o produtor vai usar do seu serviço, porque sabe a poda que está fazendo nas suas parreiras”.

Flávio Poletto, integrante da comitiva do STR de Vacaria analisa o evento como muito interessante, principalmente pela descoberta da poda, que dá para ser feita em duas épocas. O produtor gostou de participar e viu a importância de sempre aprender novidades.

Luizmar Pagno, também da comitiva do STR avalia: “Eu gostei muito, fomos bem recebidos, aproveitamos muito do que foi falado, por exemplo as podas de parreiras em duas etapas, as máquinas, o tratamento da planta, e tentamos guardar tudo na cabeça pra usar nas nossas plantações.