STR PARTICIPA DE FÓRUM SOBRE INTELIGÊNCIA TERRITORIAL NOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA

STR PARTICIPA DE FÓRUM SOBRE INTELIGÊNCIA TERRITORIAL NOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA

Por Jeferson Vanzetto de Carvalho

O fórum debateu sobre o impacto das restrições ambientais e o uso do solo nos Campos de Cima da Serra, já que nos últimos meses ocorreram varias autuações para produtores que converteram campo nativo em lavoura de grãos nos municípios Bom Jesus e São Francisco de Paula, mas a discutição não ficou apenas ai, pois o que esta acontecendo é que os produtores estão todos perdidos sem saber o que fazer já que aqueles que foram autuados estão com as terras embargadas sem poder fazer a semeadura.

Por outro lado estão aqueles que fizeram apenas o melhoramento de pastagens com introdução de espécies para melhorar as forragens para alimentar os animais, que segundo consta na lei também não pode ser feito, mas e ai o que o produtor vai fazer então.

Temos a lei do CAR 12.651/2012 que diz que o produtor pode cadastrar sua área até 31/12 e que se a propriedade teve alguma supressão de vegetação pode ser consertada com a aceitação do PRA que é o Programa de Regularização Ambiental, mas que até o momento não esta tendo validade alguma.

Um pais do tamanho do Brasil com seis biomas diferentes não pode se ater em apenas um código florestal e achar que vai beneficiar todos de forma igual, isso nunca vai acontecer.

Outra questão que diverge é que o campo nativo ele esta nessas condições devido ao fogo e a presença do gado que esta aqui desde a chegada dos jesuítas, já esta antropizada a centenas de anos o que quer dizer que esta sendo usada, mas que se tirarmos os animais e cercarmos uma área ele vai virar mata novamente, pois a nossa região é originaria de mata de araucárias, temos um exemplo bem próximo que é a reserva do Aracuri que após ser protegida em pouco tempo será mata fechada.

Todos sabem que o desenvolvimento da pecuária se deu em nossa região quando começou a integração da lavoura com a pecuária, pois até isso acontecer eram grandes extensões de terras com pouquíssima produtividade, falavas se em meia cabeça de boi por hectare sendo que para esses animais estarem prontos para o abete precisava no mínimo cinco anos, hoje a realidade é outra alem de produzir grãos conseguimos melhorar o campo com espécies forrageiras e atingir uma carga de até cinco animais por hectare e entregar esses animais para o abate aos 24 meses ou dois anos, então existem leis que devem ser repensadas e não o produtor como o grande vilão que esta acabando com o meio ambiente, pois no mesmo fórum a Embrapa apresentou um trabalho onde foram utilizadas informações do CAR onde diz que o agricultor preserva mais de 30% da sua área sendo que por lei ele precisaria de apenas 20%, será que ele vai receber por estar preservando a mais?