FETAR-RS MOSTRA ATUAÇÃO E REALIDADE DOS AGROTÓXICOS NO RS

FETAR-RS MOSTRA ATUAÇÃO E REALIDADE DOS AGROTÓXICOS NO RS

FETAR-RS MOSTRA ATUAÇÃO E REALIDADE DOS AGROTÓXICOS NO RS

A delegação da FETAR-RS, que está em Brasília participando do Seminário Nacional sobre Direitos Humanos e Cadeias Produtivas, promovido pela CONTAR, teve uma forte participação no debate sobre Impacto dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador. O evento encerra no final desta manhã, no Centro de Estudos Sindical Rural (Cesir), da CONTAG.

Convidado a ser um dos expositores, o 2º Secretário da FETAR-RS, Sérgio Poletto, iniciou sua apresentação mostrando a atuação da Federação com relação às atividades desenvolvidas na área de agrotóxicos no RS, em especial a participação efetiva no Fórum Gaúcho de Impactos dos Agrotóxicos, através de seus conselhos e comissões, bem como do Grupo de Trabalho da FETAR-RS junto às entidades, como um todo.

Em seguida, o dirigente apresentou dados encaminhados por Vanda Gabirotti, da Vigilância e Saúde do Trabalhador, da Secretaria Estadual de Saúde, que mostram a situação do Rio Grande do Sul com relação à intoxicação e uso de agrotóxicos. “O RS é um dos estados que mais utiliza agrotóxicos no Brasil”, enfatizou.
Como encaminhamentos, Poletto destacou a necessidade de realizar um trabalho forte junto ao Senado Federal contra o Pacote dos Agrotóxicos, bem com que cada Federação constitua o seu

Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador e, ainda, que participem de Fóruns e Conselhos para fazer essa discussão com relação aos efeitos nocivos dos agrotóxicos na saúde.
Poletto classificou o debate como muito bom e dentro das informações apresentadas pelo Rio Grande do Sul alguns encaminhamentos serão tirados, inclusive por proposição da FETAR-RS no evento anterior, que se seja redigida uma carta contra o uso de agrotóxicos e do Pacote dos Agrotóxicos. “E que todo o movimento sindical possa utilizar esse material junto aos candidatos a deputado estadual e federal nas eleições que se aproximam”, completou.

CID É FUNDAMENTAL
O diretor financeiro da FETAR-RS, Denílson Aguiar, falou da importância dos médicos colocarem nos atestados a Classificação Internacional de Doenças (CID). “Muitas vezes, o trabalhador apresenta sintomas de envenenamento provocado por agrotóxicos e o médico não registra. Ao diagnosticar tal sintoma, o médico precisa apontar no atestado tal sintoma colocando o código “SOOT98”, que identifica lesões por envenenamento e outras consequências por causas externas”, observou.
Denílson foi mais longe e categórico ao afirmar que o diagnóstico identificado pela CID é fundamental para que o trabalhador, no caso de afastamento de sua atividade, tenha direito ao auxílio-doença e até mesmo numa futura aposentadoria, caso as CID’s sejam recorrentes. “Hoje em dia, a maioria dos médicos não identifica a doença através da CID, prejudicando o trabalhador”, lamentou o dirigente.
A programação seguiu com Oficinas/Reuniões Temáticas tratando sobre a NR-31 – Cadeias da Fruticultura/Cana-de-açúcar/Cafeicultura, com exposição de Carlos Paixão – Auditor Fiscal do Trabalho. E NR-31 – Cadeias de grão/Pecuária, com Sérgio Garcia – Auditor Fiscal do Trabalho. No encerramento do dia Assalariadas Rurais, mercado de trabalho e organização Sindical, todos os temas com a coordenação da Comissão Nacional das Assalariadas Rurais.

 

 

Fotos: Juliana Oro

Assessoria de Imprensa Fetar RS – 07/04/2022 – Luiz Boaz