GEADA TRAZ PREJUÍZOS AOS PRODUTORES

Nos dias 12, 13 e 14 de setembro tivemos em nossa região alguns efeitos climáticos que ocasionaram danos em culturas principalmente em algumas propriedades rurais. No município de vacaria produtores de pequenos frutos ainda contabilizam o dano que pode ter sido entre outras a cultura mais afetada, pois, já estava em um estagio mais adiantado com flores abertas e botões florais visíveis, no mírtilo algumas variedades mais precoces já possuíam frutos e a perda estimada é de 30% na cultura, a primeira safra da framboesa foi afetada drasticamente e o que se espera é que a nova brotação que será emitida faça com que a produção da segunda safra seja normal, pois 50% da produção foi atingida, alguns produtores de amora optaram por fazer uma nova poda já que a primeira foi toda afetada. A perda estimada na região é de mais de 50%.

Produtores de maça estão preocupados, pois além da geada tivemos também a ocorrência de queda de granizo e vários dias com tempo nublado e excesso de chuva o que faz com que a polinização que é feita pelas abelhas e tem um papel fundamental na produção fique prejudicado. A perda na geada na variedade Gala pode chegar a 35%, na Fuji 20% e na Pink Lady em torno de 18% esses dados nos foram repassados pela Agapomi.

No município de Monte Alegre dos Campos alguns produtores de frutas de caroço entre elas o pêssego e a ameixa estão apreensivos, pois a geada foi muito severa e as plantas estavam com um grande numero de frutos expostos e muitas flores, a preocupação é que ocorra um aborto, pois os mesmos foram queimados e a planta, além disso, sofre um alto teor de estres. Alguns produtores de caqui estão preocupados, pois pode ocorrer até mesmo a morte de plantas por tão grande ter sido o dano nas mesmas. Na ameixa a perda estimada é de 40%, no pêssego 60%, pera e caqui 100%.

Na uva foram poucas as propriedades que escaparam da geada, na maior parte dos casos a queima na brotação atingiu 100% e como estávamos passando por um verão antecipado a brotação estava bem adiantado o que tornou o dano mais severo e visível, no caso de áreas com plantas mais brotadas os produtores optaram por uma nova poda, já aquelas que estavam começando emitir brotos a orientação e que faça apenas uma nova adubação nitrogenada para que novos brotos sejam emitidos. A perda na uva pode chegar a 50% na região.

As estimativas de perdas são apenas dados preliminares, pois apenas com o decorrer do ciclo das culturas é que poderemos ter um número mais exato da perda real de cada cultura.

Jeferson Vanzetto de Carvalho,

Técnico em Agropecuária